3 de jul. de 2013

Descartes - Vida e Obra

Filósofo, matemático e fisiologista, o francês René Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna. Nasceu em La Haye (em 1802, a cidade passou a ser chamada de La Haye-Descartes), província de Touraine, no dia 31 de março de 1596. Seu pai era advogado, juiz, conselheiro do parlamento da província de Rennes. Possuía título de primeiro grau de nobreza (escudeiro). A mãe de Descartes morreu quando ele tinha apenas 1 ano (vítima de complicações pós-parto). René foi criado por uma babá e por sua avó, embora sempre tenha tido contato com o pai.
Aos 9 anos começou seus estudos no colégio jesuíta La Flèche, no qual estudou gramática, poética, retórica (Humanidades), Filosofia e Matemática (escolástica), até 1614. Sua saúde, nessa época era frágil, o que fez com que ele adquirisse um hábito que manteve por quase toda a vida: permanecia deitado em sua cama até tarde, meditando.

Atendendo a vontade de seu pai, ainda em 1614 entrou para a Universidade de Pointier, onde cursos direito (curso com duração de 2 anos). Formou-se em 1616, mas não exerceu a profissão.

Em 1618 Descartes viajou à Holanda, onde se alistou para combater os espanhóis ao lado das tropas holandesas de Maurício de Nassau. Nessa ocasião, conheceu e ficou amigo do médico Isaac Beckman, que o influenciou a estudar matemática e física. Em 1619, após assistir a coroação do Imperador Maximiliano da Baviera, em Frankfurt (Alemanha), alista-se no exército do novo Imperador. Retira-se em seguida, assim que Maximiliano declara guerra ao Rei Frederico da Boémia.

Na noite entre os dias 10 e 11 de novembro de 1619, Descartes tem três sonhos que ele próprio interpreta como uma premunição de seu destino: inventar uma “ciência admirável”, na qual estariam unificados todos os conhecimentos humanos.

Em 1621, Descartes renuncia à carreira militar de forma definitiva, com o objetivo de dedicar-se exclusivamente às ciências e a filosofia. Para tanto, em 1623 retornou a sua cidade natal, onde vendeu as terras e a propriedade que herdara. Com isso, pôde manter seu conforto, embora sem luxos. Após a venda, viajou para a Itália (estabeleceu-se em Veneza), onde permaneceu até 1625.

Voltando da Itália, passa a viver em Paris, onde se ocupa da Óptica, Astronomia e Matemática.

A partir de então, passa a redigir vários esboços e mesmo obras que não chegou a publicar em vida. Algumas se perderam. Em 1629, se instala na Holanda, onde permanece até 1649.

Entre 1629 e 1633, Descartes redige o Tratado do Mundo, mas não o publica por receio da Inquisição, que acabara de condenar Galileu. A primeira obra de Descartes teve como título “Essays Philosophiques”. A introdução ficou mais famosa que a própria obra: O discurso do método, onde, na quarta seção, encontra-se sua frase mais famosa – “Penso, logo existo”.

Nos anos seguintes, produziu as seguintes obras:

1641 – Meditações sobre a filosofia Primeira; Objeções e Respostas.
1644 – Princípios da Filosofia.
1647/48 – Descrição do Corpo Humano.
1649 – As Paixões da Alma.
Em 1649 Descartes deixa a Holanda e passa a viver em Estocolmo, a convite da rainha Cristina da Suécia (para ser seu preceptor e conselheiro).

No frio da Suécia, Descartes passou a sair da cama cedo (ao contrário do que fez a vida toda), pois ministrava aulas para a Rainha às 5 horas da manhã. Fragilizado pela mudança de hábitos e pelo frio intenso, uma gripe acabou se transformando em pneumonia, doença que causou sua morte em 9 de fevereiro de 1650.




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