3 de jul. de 2013

Karl Popper - Vida e Obra

Karl Popper  era filósofo,  nascido em 1902,  na Áustria, era naturalizado britânico, e faleceu em 1994. Colaborou com as teorias do liberalismo e da democracia no âmbito da filosofia social. Escreve livros como os títulos “A sociedade aberta e seus inimigos” e a “Lógica da Pesquisa Científica”.

Seu nome completo era Karl Raimund Popper, era de família judaica, estudou na Universidade de Viena, concluindo o doutorado em filosofia. Fugiu do nazismo, viajou para a Nova Zelândia para se refugira da Segunda Guerra. Após o fim da guerra, conseguiu trabalhar como assistente de ensino na na London School of The Economics, se tornaria professor da instituição em 1949.

É reconhecido como um dos principais filósofos do século XX, época em que acompanhou o auge e as crises do capitalismo, o avanço das invenções iniciadas a partir da Revolução Industrial iniciada no século XVIII, e as possibilidades por meio do avanço das ciências. O filósofo verificou a rápida evolução material da humanidade, até então, alcançada em dois séculos de uma maneira mais veloz do que 4.000 anos anteriores.

Popper ajudou a elaborar definições a respeito da teoria científica, analisando o cientificismo (conjunto de ideias que outorgavam à ciência a solução e o sentido de todas as questões) , na época considera como um  pensamento acima das demais linhas de pensamento.

Segundo Popper, a teoria científica era regida pelo modelo matemático, que visa descrever e interpretar as observações realizadas, com a capacidade de descrever uma imensa série de fenômenos a partir de postulados simples e de realizar previsões a serem testadas. Popper visavam retirar as mistificações que existiam ao redor das ciências.

Sobre a observação e teorização, o filósofo acreditava que a ciência se firmava a partir da observação e teorização, e toda conclusão científica só poderia resultar de um processo de observação. Para ele, bastasse aparecer um cisne negro em algum local ou situação para derrubar a ideia monopolista da existência única de cisnes brancos em qualquer lago do mundo. Uma observação poderia derrubar a outra para a afirmação de algo.

Portanto, uma conclusão científica não pode ser considerada absoluta, sendo a mesma questionada ou derrubada a partir de uma nova observação capaz de detectar algo não obervado antes. Para Popper, havia também o conceito de “falseabilidade”, quando uma teoria científica só poderia ser referida como científica caso pudesse ser duvidada ou considerada falsa por um tempo ou por um processo de análise. Politicamente, Karl Popper era contra o nazismo, considerava a humildade como o principal fator de engrandecimento à ciência.

Retirado de: http://www.infoescola.com/biografias/karl-popper/



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J. P. Sartre - Vida e Obra

Jean Paul Sartre, filósofo francês, nasceu em Paris, em 1905, e faleceu em 1980. Precoce leitor dos clássicos franceses, em 1915, ingressou no liceu Henri VI de Paris e conheceu Paul Nizan, com quem teve uma amizade estreita. No ano seguinte, o segundo matrimônio de sua mãe, considerado por Jean Paul “uma traição” o obrigou a mudar-se para Rochelle. Até 1920, não voltou a Paris. Em 1924, iniciou seus estudos universitários na École Normale Supérieure, onde conheceu Simone de Beauvoir, com quem estabeleceu uma relação que duraria toda sua vida.
Depois de cumprir o serviço militar, começou a trabalhar como professor. Em 1933, obteve uma bolsa de estudos que lhe permitiu ir para a Alemanha, onde entrou em contato com a filosofia de Husserl e de Heidegger. Em 1938, publicou A Náusea, novela que pretendia divulgar os princípios do existencialismo e que lhe proporcionou certa celebridade, ao mesmo tempo em que se tornava símbolo daquele movimento filosófico.

Caçado em 1939, foi preso, mas consegui evadir-se em 1941 e voltar a Paris, onde trabalhou no liceu Condorcet e trabalhou com Albert Camus em Combat, periódico da resistência.

Em 1943, publicou O Ser e o Nada, sua obra filosófica mais conhecida, versão pessoal da filosofia existencialista de Heidegger. O ser humano existe como uma coisa (em si), mas também como uma consciência (para si), que sabe da existência das coisas, sem ser ela mesma uma em si com tais coisas, mas sua negação (o nada).

A consciência localiza o homem ante a possibilidade de escolher o que será. Esta é a condição da liberdade humana. Escolhendo sua ação, o homem se escolhe a si mesmo, mas não escolhe sua existência, que já lhe vem concedida e é requisito de sua escolha, daqui surge a famosa máxima existencialista: a existência precede a essência.

Dois anos mais tarde, alcançou a popularidade, abandonou o ensino para dedicar-se somente a escrever. Juntamente com Aron, Merleau-Ponty e Simone de Beauvoir, fundou Les Temps Modernes, uma das revistas de pensamento de esquerda mais influentes no pósguerra.

Nesta época, Sartre iniciou uma flutuante relação com o comunismo, feita de aproximações (uma delas provocou uma ruptura com Camus em 1956) e distanciamentos motivados por sua denúncia do stalinismo ou pelo seu protesto referente à invasão da Hungria pela União Soviética. Em sua última obra filosófica (Crítica da Razão Dialética), escrita em 1960, Sartre propôs uma reconciliação entre o materialismo dialético e o existencialismo, ao qual começou a considerar como uma ideia parasita do marxismo, e tratou de estabelecer um fundamento da dialética marxista demonstrando que a atividade racional humana, a práxis, é necessariamente dialética.

Em 1964, rejeitou o Prêmio Nobel de literatura para não “deixar-se recuperar pelo sistema.” Decididamente contrário à política estadunidense no Vietnam, colaborou com Bertrand Russell no estabelecimento do Tribunal Internacional de Estocolmo para a perseguição dos crimes de guerra.

Depois de participar diretamente da revolta estudantil de maio de 1968, multiplicou seus gestos públicos de esquerda, assumiu a direção do periódico La Cause du People e fundou Tout!, de orientação maoísta e libertária. Em 1975, sua saúde começou a ficar debilitada, ficou cego, depois de ter completado sua última grande obra: O Idiota da Família (1971-1972), dedicada ao tema da criação literária, fruto de 10 anos que dedicou à investigação da personalidade de Gustave Flaubert.




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Santo Agostinho - Vida e Obra

Santo Agostinho, conhecido também como Aurélio Agostinho, Agostinho de Hipona ou São Agostinho, foi importante bispo, teólogo e filósofo, reconhecido pelos católicos como Doutor da Igreja. Ele nasceu na cidade de Tagaste, na Numídia, no dia 13 de novembro de 354, e cresceu no norte da África, região colonizada pelos romanos. Ele era membro da burguesia, filho de Patrício, pagão convertido no momento da morte, e da devotada cristã Mônica, de quem herdou preciosos ensinamentos religiosos.
A caminho de Cartago, para completar sua educação, ingressou em um caminho moralmente duvidoso, adotando o Maniqueísmo – doutrina que dava existência concreta tanto ao bem quanto ao mal -, para compreender e legitimar sua opção pela intensa sensualidade. Concluída sua formação, fundou uma escola nesta mesma cidade, seguindo depois para Roma e Milão. No ano de 386 ele abandonou de vez a pedagogia, ao completar trinta e dois anos, por motivos de saúde e também por seus dilemas espirituais.

Neste momento ele abandona a filosofia maniqueísta e descobre o neoplatonismo, através do qual começa a compreender a verdadeira espiritualidade. Aos poucos ele deixa de lado a luxúria e, em setembro deste mesmo ano, inicia sua conversão ao Cristianismo. Ele se isola então em Milão, durante alguns meses, junto com a mãe, o filho e alguns seguidores, abdicando do mundo, da profissão e do casamento. Um ano depois, por influência e pelas mãos de Ambrósio de Milão, ele foi batizado durante a Páscoa, e então voltou para sua terra natal, instituindo aí um monastério, depois da morte da mãe e de dispor de todos os seus bens.
Ele foi ordenado padre em 391, sagrado como bispo em 395, liderando a Igreja de Hipona até sua morte. Seus sermões tornaram-se célebres – atualmente preserva-se pelo menos 350 destes discursos, considerados todos autênticos. Durante sua permanência à frente desta instituição cristã, Santo Agostinho incentivou a repressão dos Donatistas – grupo cristão considerado herético pelo Catolicismo – por meio do uso da força.

Agostinho morreu em 430, no dia 28 de agosto, aos setenta e cinco anos, vítima da invasão de Hipona pelos vândalos. O santo tem lugar de destaque na história da Igreja Católica, reconhecido por sua profunda percepção e pelo seu temperamento compreensivo, bem como por sua junção da natureza teórica da patrística – ciência que se ocupa da doutrina dos Santos Padres e da história dessa doutrina – grega com o teor prático da patrística latina. Sua ênfase maior, porém, foi sempre nas questões da práxis moral: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação.

Parte de sua obra se dedica às especulações filosóficas, com destaque para os diálogos, tais como Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música; a outra é devotada à teologia, que complementa sua filosofia, especialmente Da Verdadeira Religião, As Confissões – sua obra mais conhecida -, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira.



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Immanuel Kant - Vida e Obra

Immanuel Kant  nasceu no dia 22 de abril de 1724, em Königsberg, cidadezinha da Prússia Oriental, era filho de um negociante de origem escocesa e considerado o pai da filosofia crítica.
  Sua educação foi baseada no pietismo – movimento encetado dentro do protestantismo, pelos fins do século XVII, na Alemanha, segundo o qual a verdadeira religiosidade baseava-se na autonomia da consciência, na piedade particular e nas obras de misericórdia, sendo o dogma secundário ou supérfluo.

  Cursou a Universidade onde se formou nas áreas de filosofia e matemática, exercendo a profissão de professor na Universidade de Konisberg.

A obra de Kant foi dividida em duas principais fases: pré-crítica e crítica.

  A fase pré-crítica (período que dura até 1770) diz respeito à filosofia conhecida como dogmática – as idéias colocadas apresentam-se como certas e indiscutíveis – recebeu influência de Gottfried Wilhelm von Leibniz, filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário alemão e Christian von Wolff, importante filósofo alemão.

Desempenha admiráveis estudos na área que abrange as ciências naturais e no que diz respeito à física estudada por Newton.

De todas as obras editadas nesta fase salienta-se “A História Universal da Natureza” e “Teoria do Céu”, de 1775, obra na qual discursa sobre a famosa teoria cosmológica da “nebulosa” para esclarecer como surgiu e progrediu o nosso sistema solar.

A segunda fase fala sobre o período em que se sai do transe da “letargia dogmática” graças ao choque que a filosofia do famoso filósofo Hume provocou.

Kant publica “A Crítica da Razão Pura”, “Crítica da Razão Prática” “Critica da Faculdade de Julgar”, obras nas quais evidencia o contra-senso de se estabelecer um princípio filosófico que estude a essência dos seres antes que se tenha antecipadamente averiguado o alcance de nossa capacidade de conhecimento.

Kant demonstrou enorme simpatia pela causa da Independência da América e em seguida pela Revolução Francesa. Foi um verdadeiro partidário do sistema político-social dos que lutavam pela paz mundial permanente e pelo desarmamento das nações.

Kant foi um grande pensador, morreu aos 80 anos.

Obras:

* Pensamentos sobre o verdadeiro valor das forças vivas (1747)
* Monodologia Física (1756)
* Meditações sobre o Optimismo (1759)
* A Falsa Subtileza das Quatro Figuras Silogisticas (1762)
* Dissertação de 1770. Sobre a Forma e os Princípios do Mundo Sensível e do Inteligível (1770)
* Prolegómenos a toda a Metafísica Futura (1783)
* A Religião nos Limites da Simples Razão.
* Fundamentação Metafísica dos Costumes (1785)

Retirado de: http://www.infoescola.com/biografias/immanuel-kant/


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Thomas Hobbes - Vida e Obra

Thomas Hobbes foi um filósofo que nasceu (em Wesport 5/4/1588) e faleceu na Inglaterra (em Hardwick Hall, 4/12/1679). Hobbes ficou sob os cuidados do seu tio, visto que seu pai, um vigário, teve de ir embora depois de participar de uma briga na porta da igreja onde trabalhava. Estudou em Magdalen Hall de Oxford e, em 1608, foi trabalhar com a família Cavendish como mentor de um de seus filhos, a quem acompanhou pelas suas viagens pela França e Itália entre 1608 e 1610. Quando seu aluno morreu, em 1628, voltou à França, desta vez para se tutor do filho de Gervase Clifton.
Permaneceu na França até 1631, quando os Cavendish o solicitaram novamente para ser mentor de outro dos seus filhos. Em 1634, acompanhado de seu novo aluno, realizou outra viagem ao continente, ocasião que aproveitou para conversar com Galileu Galilei e outros pensadores e cientistas da época. Em 1637, voltou à Inglaterra, mas a situação política, que anunciava a guerra civil, o levou a abandonar seu país e a estabelecer-se em Paris em 1640.

Pouco tempo antes, Hobbes tinha feito circular entre seus amigos um exemplar manuscrito de sua obra: Elementos da lei natural e política, apresentados em dois tratados distintos, foram editados em 1650. Em 1651, abandonou a França e voltou à Inglaterra, levando consigo o manuscrito do Leviatã, sua obra mais conhecida e que seria editada em Londres, naquele ano.


Os contatos que Hobbes teve com cientistas de sua época, que foram decisivos para a formação de suas ideias filosóficas, o levaram a fundir sua preocupação com problemas sociais e políticos com seu interesse pela geometria e o pensamento dos filósofos mecanicistas. Seu pensamento político pretende ser uma aplicação das leis da mecânica aos campos da moral e da política. As leis que regem o comportamento humano, segundo Hobbes, são as mesmas que regem o universo e são de origem divina. De acordo com elas, o homem em estado natural é antissocial por natureza e só se move por desejo ou medo. Sua primeira lei natural, que é a autoconservação, o induz a impor-se sobre os demais, de onde vem uma situação de constante conflito: a guerra de todos contra todos, na qual o homem é um lobo para o homem.

Para poder construir uma sociedade é necessário, portanto, que cada indivíduo renuncie a uma parte de seus desejos e chegue a um acordo mútuo de não aniquilação com os outros. Trata-se de estabelecer um contrato social, de transferir os direitos que o homem possui naturalmente sobre todas as coisas em favor de um soberano dono de direitos ilimitados. Este monarca absoluto, cuja soberania não reside no direito divino, mas nos direitos transferidos, seria o único capaz de fazer respeitar o contrato social e garantir, desta forma, a ordem e a paz, exercendo o monopólio da violência que, assim, desapareceria da relação entre indivíduos.

Em 1655, publicou a primeira parte dos Elementos de filosofia e, em 1658, a segunda parte. Durante os últimos anos de sua vida, fez uma tradução em verso da Ilíada e da Odisséia e escreveu uma autobiografia em versos latinos.

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Thomás de Aquino - Vida e Obra

Tomás de Aquino viveu de 1221 a 1247. Considerado umas das figuras mais importantes da Escola Escolástica – filosofia medieval – tornou-se magister  de Teologia na Universidade de Paris e lecionou como visitante em diversas Universidades da Europa (Nápoles, Colônia, Paris, etc).
“Boi Mudo”. Foi o apelido que recebeu de seus colegas devido a ser corpulento e estar sempre calado. Teve como mestre o conceituado filósofo Alberto Magno, que, após ver uma resolução de Tomás de Aquino para um problema teológico, declarou: “Este, a quem chamamos de boi mudo, mugirá tão forte que será ouvido no mundo inteiro”.

Na obra de Tomás de Aquino, é visível o intuito de conciliar os valores da fé com os valores da razão. Influenciado por Aristóteles, contrapôs duas correntes filosóficas: a dos Franciscanos contra a dos Averroístas. A primira seguia a linha místico-platônica, já a segunda louvava a crença do pensador árabe Averróis.

A obra de Tomás de Aquino é extensa, porém, podem ser citados como seus livros mais importantes: Suma Contra os Gentios, Questões Sobre a Verdade e a Suma Teológica, que ficou incompleta devido ao falecimento de Tomás de Aquino.

Vindicando o equilíbrio entre razão e fé. São Tomás de Aquino criou o Tomismo. Este seria o princípio de exclusão e junção entre as duas correntes. Segundo palavras do próprio autor, encontradas no livro “Entre a Fé e a Razão Deus Não Reconhece Divergências”: “Embora a verdade da fé cristã ultrapasse a capacidade da razão, os princípios naturais da razão não podem estar em oposição a essa verdade”.

Retirado de: http://www.infoescola.com/filosofos/tomas-de-aquino/


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Epicuro - Vida e Obra

Considerado um filósofo grego do período helenístico, Epicuro de Samos  teve uma obra tão influente que fez com que diversos e numerosos centros epicuristas fossem construídos no Egito, mais precisamente em Jônia. Seu maior divulgador foi Lucrécio, que começou a espalhar sua filosofia em Roma no século I.
Descendente de pais atenienses, nasceu na ilha de Samos. O ano era 341 ou 342 a. C. Segundo alguns estudiosos, o início de seu interesse pela filosofia deu-se na adolescência. Seu pai lhe enviou para Téos, pois Epicuro não concordara com o pensador Pânfilo, de sua ilha natal. Em Téos, teve os primeiros contatos com a teoria atomista, pregada por Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera. Epicuro estudou e, após algum tempo, fez uma reformulação da teoria observando alguns pontos dos quais tinha discordado.

Outro aspecto da vida de Epicuro que pode ser mencionado é a eterna oposição à Academia e ao Liceu, buscado uma filosofia mais prática que correspondesse à seu tempo. Além disso, pregava que para atingir a certeza é preciso ter plena confiança naquilo que passado foi na sensação pura e, por conseguinte, nas idéias se formam no espírito, sendo estas o resultado dos dados sensíveis reconhecidos pelas faculdades sensitivas do corpo.

Para Epicuro, o prazer é o único fenômeno capaz de trazer o bem estar. Por pensar desta forma, foi confundido com os hedonistas, que dizem ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. No entanto, Epicuro faz uma distinção entre o prazer passageiro e prazer estável. O primeiro seria a alegria, a felicidade. Já o segundo seria a total ausência de dor.



Epicuro diz que os sábios procuram pelo segundo prazer, condenando as tentativas impulsivas e indiscriminadas de satisfação pessoal. Segundo ele, “nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres”.

Diógenes Laércio, um dos maiores estudiosos da obra de Epicuro, atribui ao filósofo de Samos aproximadamente trezentos tomos de uma obra escrita. Porém, esses volumes se perderam, o que restou foram apenas três cartas, uma compilação de provérbios e uma coletânea de sentenças morais.

Após lecionar filosofia até 306 a C., fundou sua escola filosófica, “O Jardim”. Lá, lecionou até morrer.

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John Locke - Vida e Obra

John Locke foi um filósofo inglês descendente de uma família de burgueses comerciantes.
Esteve refugiado na Holanda por causa do seu envolvimento com pessoas acusadas de fazer movimentos contra o Rei Carlos III.

Seus pensamentos influenciaram todas as revoluções mundiais durante o século XVIII.

Locke defendia a garantia dos direitos de um povo (proteção da vida, da liberdade e da propriedade). Para ele, esses direitos deviam ser prioridade de um governo, e se os governantes não pudessem, ou não quisessem respeitar esses direitos, o povo poderia derrubá-los e substituí-los por alguém melhor.

Obras

“Ensaio Sobre o Entendimento Humano”: discussão sobre a teoria do conhecimento, a natureza do ser, Deus e o mundo.

“Dois Tratados Sobre o Governo”: sua principal obra de filosofia política.

Locke também foi pesquisador, secretário do governo, escritor de economia, ativista político, estudante de medicina. Suas idéias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa em 1688.

A Revolução Gloriosa significa o fim do Absolutismo – quando Guilherme III é proclamado rei, após aceitar a Declaração dos Direitos (Bill of Rights), que limitava a sua autoridade e dava mais poderes ao Parlamento.

Embora tenha dito que todos os homens eram iguais, Locke era a favor da escravidão negra e do tráfico de escravos.

Em seus últimos anos de vida passou a responder críticas e revisar edições de seus trabalhos.

Locke morreu no dia 28 de outubro de 1704, estava muito doente e não conseguia mais levantar-se da cama.

Fonte: http://www.infoescola.com/filosofos/john-locke/
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Rousseau - Vida e Obra



Jean Jacques Rousseau nasceu já órfão de mãe, pois a mesma morreu durante o processo de parto, não chegando sequer a conhece-lo, foi educado pelo pai, um simples relojoeiro, até completar 10 anos de idade.

Rousseau, um dos principais filósofos do Iluminismo.
Em 1722 o menino Rousseau dá de cara com a morte novamente, desta vez perdeu seu pai.

Em sua adolescência estudou em uma escola religiosa na qual era obrigado a seguir as rígidas regras da instituição.

Foi um bom aluno, estudou muito e desenvolveu o gosto pela leitura e pela música.

Na passagem da adolescência para a fase adulta mudou-se para Paris e iniciou seu relacionamento com a flor da elite intelectual da cidade.

Nesta época recebeu o convite de Diderot para redigir alguns apontamentos para a Enciclopédia – Alguns escritores pertencentes à Antiguidade, como por exemplo, Aristóteles, tentaram escrever sobre todos os campos de conhecimento pesquisados até então, foi uma das primeiras a existir e a ser publicada na França do século XVIII – caberia a Rosseau anotar os apontamentos, seus devidos significados e exemplos.

Em 1762 Rosseau passou a ser acuado na França por conta de suas obras que passaram a ser vistas como uma injúria às tradições morais e religiosas. A solução encontrada foi abrigar-se na cidade de Neuchâtel, na Suíça até a poeira abaixar.

No ano de 1765 decidiu se mudar para a Inglaterra aceitando o chamado do filósofo David Hume.

No ano de 1767 retornou à França e conheceu Thérèse Levasseur, com quem veio a se casar.

Suas obras versavam sobre vários temas, que abrangiam desde investigações políticas, romances, até análises na área da educação, religião e literatura.

“Do Contrato Social” foi considerada sua obra-prima, nela Jean sustenta a opinião de que os indivíduos nascem bons, quem os modifica é a sociedade, que os levam para o caminho do mal. Do mesmo modo finca o pé ao dizer que a sociedade atua como um acordo social, através do qual as pessoas, que vivem em sociedade, outorgam algumas prerrogativas ao Estado desde que este lhes conceda em contrapartida amparo e organização.

Rousseau é considerado o filósofo do iluminismo – idéia que resume várias doutrinas filosóficas, elos intelectuais e atitudes religiosas – e predecessor do romantismo do século XIX.

Em sua obra “Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les hommes”, publicada no ano de 1755, ele descreve uma hipótese para o estado natural do homem, sugerindo que, apesar das diferenças determinadas pela natureza, houve um determinado momento em que os homens agiam como iguais sim: conviviam separadamente uns dos outros e não eram dependentes de ninguém; fugiam uns dos outros como se fossem bichos bravios prestes a atacar sua própria espécie.

Com relação à educação Rousseau acreditava na amabilidade produzida pela natureza, para ele se a afabilidade fosse incitada, a benevolência espontânea da pessoa podia ser preservada da influência corrompida do meio em que vivemos.

Por conseguinte, a educação admitia dois semblantes diversos: a expansão gradual das habilidades próprias da criança e o seu distanciamento dos achaques sociais. O educador deve ensinar o aluno levando em conta suas capacidades maturais.

Para Rousseau a principal característica que não pode faltar em um catedrático é a sua capacidade de educar o aluno para transformá-lo em um homem de bem.

Levando em conta esse ponto de vista de Rousseau o aluno só estaria apto a fazer parte da sociedade quando se tornasse clara sua disposição natural para a convivência com as outras pessoas, fato este que só ocorreria, segundo Rosseuau, durante a sua adolescência, quando então já estaria apto a julgar e já pode compreender o que é ser um indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.

Obras principais:

Discurso Sobre as Ciências e as Artes
Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
Do Contrato Social
Emílio, ou da Educação
Os Devaneios de um Caminhante Solitário

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Platão - Vida e Obra


Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Ele nasceu em Atenas, por volta de 427/28, foi seguidor de Sócrates e mestre de Aristóteles. O nome pelo qual ficou conhecido era possivelmente um apelido, aparentemente ele se chamava Arístocles.



Este filósofo se encontrava no limiar de uma época, entre os valores antigos e um novo mundo que emergia, o que lhe propiciou uma riqueza de idéias sem igual. Ele tinha o poder de abordar os temas mais diversos, mais com a força da paixão e da criatividade artística do que com a lucidez da razão. Sua obra é um dos maiores legados da Humanidade, abrangendo debates sobre ética, política, metafísica e teoria do conhecimento.

Ao contrário de Sócrates, que vinha de uma origem humilde, Platão era integrante de uma família rica, de antiga e nobre linhagem. Ele conheceu seu ilustre mestre aos vinte anos. Sócrates era bem mais velho, pelo menos quarenta anos separavam ambos, mas eles puderam desfrutar de oito anos de aprendizado conjunto. Platão teve acesso também, por meio de seu professor, aos ideais pré-socráticos. Com a morte de seu preceptor, o filósofo isolou-se, com outros adeptos das idéias socráticas, em Mégara, ao lado de Euclides.

Depois de viajar pela Magna Grécia e pela Sicília, Platão regressou a Atenas e fundou a Academia, que em breve se tornou conhecida e frequentada por um grande número de jovens que vinha à procura de uma educação melhor. Até intelectuais consagrados acorriam a esta instituição para debater suas idéias. Depois de várias tentativas de difundir seus conceitos políticos em Siracusa, na Sicília, Platão se instala definitivamente em sua terra natal, na liderança da Academia, até sua morte, em 347 a.C.


Dos filósofos da Antiguidade, Platão é o primeiro de quem se conhece a obra integral. Mas muitos de seus diálogos não são autênticos, embora supostamente assinados por ele. Seu estilo literário é o diálogo, uma espécie de ponte entre a oralidade fragmentária de Sócrates e a estética didática de Aristóteles. Nos escritos de Platão mesclam-se elementos mito-poéticos com fatores essencialmente racionais. Este filósofo não se guia pelo rigor científico, nem por uma metodologia formal.


Em Platão a filosofia ganha contornos e objetivos morais, apresentando assim soluções para os dilemas existenciais. Esta práxis, porém, assume no intelecto a forma especulativa, ou seja, para se atingir a meta principal do pensamento filosófico, é preciso obter o aprendizado científico. O âmbito da filosofia, para Platão, se amplia, se estende a tudo que existe. Segundo o filósofo, o homem vivencia duas espécies de realidade – a inteligível e a sensível. A primeira se refere à vida concreta, duradoura, não submetida a mudanças. A outra está ligada ao universo das percepções, de tudo que toca os sentidos, um real que sofre mutações e que reproduz neste plano efêmero as realidades permanentes da esfera inteligível. Este conceito é concebido como Teoria das Idéias ou Teoria das Formas.

Segundo Platão, o espírito humano se encontra temporariamente aprisionado no corpo material, no que ele considera a ‘caverna’ onde o ser se isola da verdadeira realidade, vivendo nas sombras, à espera de um dia entrar em contato concreto com a luz externa. Assim, a matéria é adversária da alma, os sentidos se contrapõem à mente, a paixão se opõe à razão. Para ele, tudo nasce, se desenvolve e morre. O Homem deve, porém, transcender este estado, tornar-se livre do corpo e então ser capaz de admirar a esfera inteligível, seu objetivo maior. O ser é irresistivelmente atraído de volta para este universo original através do que Platão chama de amor nostálgico, o famoso eros platônico.




Platão desenvolveu conceitos os mais diversos, transitando da metafísica para a política, destas para a teoria do conhecimento, abrangendo as principais esferas dos interesses humanos. Sua obra é estudada hoje em profundidade, apresentado uma atualidade inimaginável, quando se tem em vista que ela foi produzida há milênios, antes da vinda de Cristo. Seu pensamento influencia ainda em nossos dias teorias políticas, psicológicas – como a junguiana -, filosóficas, espirituais, sociológicas, entre outros segmentos do conhecimento humano.



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