A atividade dos filósofos é,
tipicamente, argumentativa: ou inventam argumentos, ou criticam os argumentos
de outras pessoas ou fazem as duas coisas. Os filósofos também analisam e
clarificam conceitos. A palavra «filosofia» é muitas vezes usada num sentido
muito mais lato do que este, para referir uma perspectiva geral da vida ou
algumas formas de misticismo. Não irei usar a palavra neste sentido lato: o meu
objetivo é lançar alguma luz sobre algumas das áreas centrais de discussão da
tradição que começou com os Gregos antigos e tem prosperado no século XX,
sobretudo na Europa e na América.
Que tipo de coisas discutem os filósofos desta tradição? Muitas
vezes examinam crenças que quase toda a gente aceita assepticamente a maior
parte do tempo. Ocupam-se de questões relacionadas com o que podemos chamar
vagamente «o sentido da vida»: questões acerca da religião, do bem e do mal, da
política, da natureza do mundo exterior, da mente, da ciência, da arte e de
muitos outros assuntos. Por exemplo, muitas pessoas vivem as suas vidas sem
questionarem as suas crenças fundamentais, tais como a crença de que não se
deve matar. Mas por que razão não se deve matar? Que justificação existe para
dizer que não se deve matar? Não se deve matar em nenhuma circunstância? E, afinal,
que quer dizer a palavra «dever»? Estas são questões filosóficas. Ao
examinarmos as nossas crenças, muitas delas revelam fundamentos firmes; mas
algumas não. O estudo da filosofia não só nos ajuda a pensar claramente sobre
os nossos preconceitos, como ajuda a clarificar de forma precisa aquilo em que
acreditamos.
[WARBURTON, Nigel. Elementos básicos de filosofia. 1. ed. Trad.:
Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, 1998. p.20.]
A atividade dos filósofos é,
tipicamente, argumentativa: ou inventam argumentos, ou criticam os argumentos
de outras pessoas ou fazem as duas coisas. Os filósofos também analisam e
clarificam conceitos. A palavra «filosofia» é muitas vezes usada num sentido
muito mais lato do que este, para referir uma perspectiva geral da vida ou
algumas formas de misticismo. Não irei usar a palavra neste sentido lato: o meu
objetivo é lançar alguma luz sobre algumas das áreas centrais de discussão da
tradição que começou com os Gregos antigos e tem prosperado no século XX,
sobretudo na Europa e na América.
Que tipo de coisas discutem os filósofos desta tradição? Muitas vezes examinam crenças que quase toda a gente aceita assepticamente a maior parte do tempo. Ocupam-se de questões relacionadas com o que podemos chamar vagamente «o sentido da vida»: questões acerca da religião, do bem e do mal, da política, da natureza do mundo exterior, da mente, da ciência, da arte e de muitos outros assuntos. Por exemplo, muitas pessoas vivem as suas vidas sem questionarem as suas crenças fundamentais, tais como a crença de que não se deve matar. Mas por que razão não se deve matar? Que justificação existe para dizer que não se deve matar? Não se deve matar em nenhuma circunstância? E, afinal, que quer dizer a palavra «dever»? Estas são questões filosóficas. Ao examinarmos as nossas crenças, muitas delas revelam fundamentos firmes; mas algumas não. O estudo da filosofia não só nos ajuda a pensar claramente sobre os nossos preconceitos, como ajuda a clarificar de forma precisa aquilo em que acreditamos.
[WARBURTON, Nigel. Elementos básicos de filosofia. 1. ed. Trad.:
Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, 1998. p.20.]
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